terça-feira, 15 de agosto de 2023

Um homem, passando a poucos metros pela rua que antecedia a entrada do seu condomínio de luxo fechado, do seu carro importado, avistou um mendigo, sorrindo e cantando. O homem que o observa, era um empresário muito bem sucedido, e obviamente não teria problemas de ordens financeiras. E começou a pensar, que motivo aquele sem-teto teria, para externar tanta felicidade? Ele resolveu se aproximar do cidadão, e lhe deu um bom dia. - Olá companheiro, como vai? O Mendigo lhe respondeu, com uma voz empostada, grave: - Está tudo maravilhoso, e com o senhor, está tudo bem? O empresário especulador, retruca: - Está tudo certinho graças a Deus! E continua o diálogo. - O senhor está bem feliz hoje, hein? - Eu sou feliz! Não tenho problema, estou na melhor fase da minha vida, pleno e em paz, não vivo com medo de ser roubado, e estou livre de pessoas interesseiras, falsas e mentirosas. O empresário, por pouco, quase riu da resposta do cidadão, logicamente pensando ele, o que uma pessoa em situação de rua, teria para alguém roubar? Certamente aquela voz bonita! Assim imaginou o empresário. Mas o homem que ali estava, em vestes rotas, de cabelos compridos e barba por fazer, era um homem de muitas posses, bem educado, e como ele, também era um poderoso empresário, de muito sucesso, falava vários idiomas, inglês, francês, italiano, alemão, mas sempre foi muito simples e discreto, não andava mostrando que era poliglota e nem prodígio, como era considerado na escola, desde o ginásio, quando foi identificado como um QI acima da média. O motivo da sua alegria era a sua liberdade, e a segunda chance de vida, pois ele havia escapado de um cativeiro, onde foi mantido refém por sequestradores há três semanas, e a sua esposa, foi a mentora do sequestro. Ela queria a fortuna do marido, mas como ele tinha uma saúde de ferro, ela sabia que ele viveria muito, então resolveu por em prática o seu plano diabólico e hediondo, contra aquele, que jurou amar e respeitar no dia em que com ele se casou. O empresário sequestrado amava tanto a sua esposa, que era uma mulher de pouca cultura e conhecimento, e para não constrangê-la, ele nunca falava outras línguas perto dela, mesmo quando tinha alguma reunião com estrangeiros, e ela estava presente, ele contratava tradutores, e se fazia de desentendido. Os sequestradores, durante o período de cárcere, só falavam em inglês, idioma que ele dominava completamente, e foi dessa forma, ouvindo tudo, e entendendo cada palavra, que ele conseguiu saber que naquele domingo, não haveria nenhum deles guardando a casa, onde ele estava, conseguindo assim, arrombar a porta, desmontando a cabeceira da cama. Moral da história: A humildade e alguns segredos, às vezes, podem te salvar das garras de pessoas, que se acham mais inteligentes que as outras. A discrição, e o cuidado em não constranger alguém que amava, foi o passaporte para o livramento da morte. Davi Salles.

 A violência contra a mulher, não pode, e não deve, ser jamais encarada com normalidade.

Não é nada razoável, que em pleno século XXI, ainda aconteça em escalas gritantes, esse categórico e cabal, ato de extrema e execrável covardia!
O medo de denunciar, de ir a uma delegacia, assim como o silêncio, não pode ser uma ponte para a reincidência, e a impunidade passear livremente, debaixo dos narizes da nossa sociedade.
A vergonha não é sua!
Vergonhosa, deprimente e estarrecedora, é a selvageria e o caráter desse cidadão, que por uma mulher, não tem o devido respeito, não lhe dá valor.
Enquanto aqui, esse texto estou escrevendo, infelizmente, certamente, tem alguma mulher, que no seu corpo agora, o sangue está jorrando, escorrendo, as lágrimas dos seus tristes olhos, um mar de dor fazendo.
Nos seus ouvidos gritando, a machucando, a ofendendo, aterrorizando, um algoz, um novo ou um antigo, e o pior, o seu agressor na maioria das vezes, é um velho conhecido, que a tem como uma propriedade, um patrimônio seu.
A mulher é humilhada com palavras quão violentas, como os socos proferidos pelo namorado, o amante, ou seu marido. Então, o covarde agressor, simplesmente, depois faz um pedido de desculpas, na bebida, no ciúme, ele imputa a sua própria culpa. Oferta um presentinho, e acha que tudo irá ficar bem? O hematoma se desfaz, o olho roxo clareia, mas a alma de uma mulher agredida, continua dolorida e sangrando, e isso marca negativamente, e eternamente a sua vida.
A aranha da decepção, do medo, continua no seu pensamento, tecendo a sua teia.
Agressão não dói só na carne, não só traumatiza a pele!
Cuidado, atenção aos sinais, quando um covarde a sua voz começar a levantar, ele certamente um dia, a sua masculinidade, no chão vai colocar, ele vai lhe esbofetear, lhe esganar e em alguns casos, a sua passionalidade doentia, a óbito, uma mulher indefesa, ele irá levar...


Davi Salles.

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