A mulher soteropolitana ,a gente chama de minha preta ,pretinha, neguinha , negona .cheia de encantos e o seu santo que Deus dá ,e que Deus . deu pelas vias seus corpos bronzeados , sobem e descem as ladeiras , as escadas dos seus sobrados . os passos cheios de gingado .seus cabelos trançados ou nos turbantes acomodados. é a Anastácia livre da escravidão , exuberante a jaboticaba na pele de ébano desse mulherão . E sem desmerecer as gurias lá do Sul ,as índias belas do nossas amazonas , as beldades do Goiás ,as thutucas poderosas do rio de janeiro lá dos bailes funks do pancadão ,mas a nossa iemanjá soteropolitana tem mistérios temperos , um babado sem explicação . são alquimistas da culinária africana , chiquitas bacanas , é a Gabriela do Amado Jorge escritor , miscigenadas , com a nodoa de dendê as suas mentes e almas são abençoadamente manchadas. Cheias de malemolência ,uma sensualidade em naturalidade e extrema evidencia ,fêmeas dos balaios grandes ,Sotaque cantante , contagiante sejam elas as lavadeiras do Abaeté ,as ogãs ,mães de santo do candomblé pastoras pentecostais , cristãs religiosas que não costuma faiá sua fé , baianas do acarajé , os oxuns de Gerônimo e vevé , Gilberto Gil Moraes moreira e tom Zé. flores dos guetos, bailando no toque do agogô, dos atabaques os tambores da beleza negra de se ver na avenida que é o Ilê Aiyê meu e de você de vovô ,a negritude está na atitude é ostentada , mulher baiana é barril dobrado é arretada .a baianidade a sensualidade florada . do corredor da vitória as mais humildes comunidades . Faceiras essas feiticeiras tem um poder de prender de uma maneira .Quem amou uma baiana teve sua alma tatuada .a e for de outra cidade será como uma sentença decretada , perpetua vontade saudade eternizada . Davi Salles